quarta-feira, 27 de outubro de 2010

pouco tempo e muito amor


É tão pouco este tempo que nos dão, nós mereciamos mais mas, no entanto, não é o que temos, temos pouco agora. Queria que algumas coisas fossem diferentes, fossem mais partilhadas como dantes, quando nos davam tempo. Queria tanta coisa, mas também queremos sempre mais, e apesar de querer mais, gosto e aprecio o que tenho, não abdicaa de pedaçinho algum. Sei que podiamos ter mais tempo mas não penses que este não é suficiente, não sou ingrata e qualquer tempo contigo é fantástico, é realmente bom. Eu amo-te, e estou a escrever porque tenho saudades tuas, muitas, e quando escrevo sinto-me melhor, aliviada.
Queria-te aqui sempre, queria-te aqui simplesmente, sei que não depende de nós, existem factores externos, mas não me importa porque vou sempre esperar para te ter fisicamente. No fundo importa-me, mas não vou fazer nada, não posso, eu sei disso. Mas no final do dia sei que, independentemente do tempo que nos tiram/tiraram, eu posso afirmar, com muitas certezas, que «nós somos um!», porque sei e continuo a sentir que és meu e que nós somos amados um pelo outro.
Com tudo isto, queria só dizer que vou sempre amar-te, repito, sempre, meu pequenino.



A M O - T E

cada vez mais...





A, sempre tua, amada

15.out.2010





Dakini

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

pseudo felicidade


Felicidade, ora aqui considero estar o termo relativo da questão: a felicidade diverge consoante cada ser. Para mim esta nova fase, a quarta fase profissional, não se trata de felicidade mas sim de obrigação, de algo que temos que nos esforçar ao máximo, ou pelo menos o suficiente, para fazer de maneira a garantir um futuro estável. É óbvio que estou feliz por passar à fase seguinte sem nunca ter ficado para trás, mas não é a palavra felicidade a mais adequada, talvez tranquilidade, descanço e orgulho de mim, sim, talvez seja isso.

No entanto, tenho como obrigação psicológica dizer que estou feliz àquelas pessoas que me perguntam se o estou, àquelas pessoas que consideram isto uma felicidade ao invéz de um alívio, de uma segurança. Gosto que as pessoas mostrem orgulho perante as minhas capacidades, sim, eu e todos nós, visto que vivemos as nossas vidas em busca de reconhecimento constante. Mas não gosto que hiperbolizem a situação, que me depositem infinitas responsabilidades como se eu não as soubesse, como se fosse a única pessoa a passar por isto, não sou. Quem me conhece, e não me refiro a um conhecer banal mas a um conhecer de facto, sabe bem a minha hierarquia de valores, e sabe por isso que a escola não está em primeiro lugar e portanto nunca me porprocionará a felicidade da minha vida, ajuda, sim e muito, mas nunca será o suficiente.

Resumindo: - então minha querida, é uma nova fase da tua vida, é tão importante, deves estar felicissima não é verdade?

- sim, claro, é uma enorme felicidade!

e afinal do que se trata? julgo tratar-se de pseudo felicidade.




Dakini

domingo, 13 de junho de 2010

Reflecção


Há dias assim.. dias em que chegamos a casa e nos deparamos com a reflecção, percebemos que que nos aguarda e que em pouco tempo se apoderá de nós, de todo o nosso eu, fragmentando-o. Ao apoderar-se faz com que em qualquer lugar que esteja reflicta, fixando o olhar em tudo o que me rodeia como se estive-se a observar, não é de facto observação que se trata, mas de um olhar fechado, que não está ali, que se encontra perdido, atormentado. Nesses dias todo o presente e passado recente nos passa pela cabeça, tantos comos, porquês e para ondes, tanta coisa que passa. Enquanto o corpo se encontra estático, sem qualquer vontande de mover, de agir, o pensamento encontra-se neste estado de meditação, um estado que exige muita energia e vontade. Olhamos para tudo e nada nos parece fazer sentido, mesmo que ontem parece-se ter, quando reflectimos muita coisa muda e apetece-nos estar sozinhos. Mas quando o corpo decide começar a efectuar alguns movimentos o pensamento começa a desligar-se aos poucos até se encontrar no estado normal de cada individuo, não se apaga por completo, apenas não trabalha tanto. Nessa altura já não é solidão que precisamos, mas sim de desesperada companhia, não de uma pessoa, mas da pessoa. Eu tenho dias assim. Há dias assim.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Um nada


Há dias em que sinto um vazio, em que nada bate certo. No inicio do dia tudo parecia correr bem, considero que correu mesmo tudo bem, mas no fim sinto um descontentamento significativo, sinto-me sozinha. Queria alguém com quem falar desta angústia sem motivo, não é que me faltem verdadeiros amigos que disponibilizem os seus ouvidos e coração, não, não me faltam de facto, mas falta-me qualquer coisa, não sei, simplesmente me falta. Sinto um aperto, sinto o vazio, sempre senti isto ao fim de algumas tardes, desde miúda. Dantes julgava que sentia isto porque anoitecia e eu não gostava de dormir, não gostava da noite. Mas agora, que tanto aprecio umas boas horas de sono, percebo que já não pode ser esse o motivo. Penso em variadas hipóteses que me levam a este estado.. a minha hipótese mais provável é ser o meu medo de não ser ninguém a comandar o meu psicológico, mas não sei. Pode estar tão certo ou tão errado como a teoria do sono que julgava certa quando era mais nova. E afinal como saberei a resposta de um possível ciclo vicioso? É um ciclo, penso que não saberei mesmo. No entanto, se pensar na definição que dou ao meu estado, vazio, fico no nada, porque o vazio é a inexistência de algo, o vazio é um nada. Concluo portanto que não tenho nada, que não se passa nada, e que é mesmo esse nada que chateia. Voltando assim ao incómodo ciclo vicioso.



Dakini, 20:43h, 5 Abril 2010.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Desgosto


Há dias em que estamos cansados, estafados, sem nada para dar, não temos sono mas uma moleza, um tremendo peso nas pálpebras, o cérebro baralhado, as pessoas falam mas na nossa cabeça não passam de gemidos vindos de bem longe e acabando fazendo eco nos nossos ouvidos, nada mais que eco. As pessoas falam, falam e falam.. não notam sequer a nossa fraqueza, talvez por não serem tão observadoras como eu ou por não me conhecerem assim tão bem. Há dias em que as pessoas simplesmente não querem ouvir, só querem a presença da companhia de sempre, conversando silêncios, trocando telepatias, ficando ali, apáticas e serenas, ali. Dias em que as desgraças podem vir que todas parecem normais, habituais apesar do sopro no coração que causam, fazem-me perceber que estou anestesiada, que não quero nem vou aborrecer ninguém, só peço que não mo façam a mim, só peço sossego, solidão.
Há mesmo dias que chegamos ao fim do dia e pensamos que já nada vai acontecer, que até casa vai ser um pleno bem estar, saio da escola, compro bilhete e sento-me no banco do fundo do autocarro. Sento-me, descansada, descontraída.. e quando estou o mais confortável possivel ouço o pior desgosto do dia.. blim.. é como uma facada no coração, que roda e volta a sair.






Dakini

domingo, 7 de março de 2010

Domingos


Supostamente, o domingo é dos melhores dias da semana, ninguém tem que se levantar cedo para ir trabalhar, podemos ficar a pastelar na cama, podemos substituir o pequeno almoço pelo almoço devido à preguiça e às horas de sono, podemos ver um filme, lanchar com os amigos, namorar, tudo sem horários, tudo sem pressas. E tudo isto estaria certo se não tivesse iniciado com a palavra 'supostamente'. Para mim, o domingo não é nada disto que supostamente seria, é um completo oposto. É o pior dia, é o que que me sabe a pouco, ou melhor, que não me sabe a nada. No entanto, é indespensável à semana, não prescendia dele, pois o meu tédio de domingo, o facto de nada me saber a nada neste dia, é o dia em que mais descanso, é o dia em que estou mais tempo comigo mesma e que posso reflectir sobre determinados assuntos, reflectir sem qualquer intervenção de outros. Porque apesar de saber mal, por vir um dia de trabalho a seguir, um dia de pressas, de pequeno almoço e almoço e de horários por cumprir, não deixa de ser um dia. E os dias tem que ser vividos e saboreados um a um, dar valor a cada pormenor, a cada sentimento.. pois ao fim do dia, se parar-mos um pouco para pensar no dia que passou e nos mementos que também se passaram com ele, notamos que há sempre algo a reter, algo que não prescendíamos por nada deste mundo, independentemente do dia da semana em que ocorreu.



Dakini

sexta-feira, 5 de março de 2010

o nosso ditado :$


« - Já disse que te amo hoje?

- não..

- mas amo!

- ainda?

- sempre!! »



Eu gosto de pensar!


Dou por mim a pensar em certas e determinadas coisas. Coisas tão banais que as pessoas executam diariamente sem pensar nelas, já é tudo tão automático. Eu penso nessas coisas e como é possivel realizar ou acontecer aquelas coisas. Como resolvemos coisas tão complexas e nem damos valor a isso. Nós resolvemos certos inigmas como se fosse a coisa mais simples de resolver, mas se pensar-mos no que está na base de todo este sistema automático percebemos, ou pelo menos é o que eu percebo, que possuímos o que há de mais complexo no ser vivo: o raciocinio, a facilidade de aprendizagem, de tornar o complexo em simples, de pensar desde das pequenas às grandes coisas. Somos realmente alguém com muita sorte, uma raça estranha e extremamente inteligente.

Eu penso em muitas coisas, especialmente nas pequenas coisas. Acho que há até coisas que me passam pela cabeça e só pela minha, pois já ninguém se dá à "perda de tempo" em pensar em coisas que "não tem que pensar". Mas eu não acho uma perda de tempo e acho que têm muito em que pensar. Tudo o que fazemos tem uma lógica de ser, nada é feito em vão ou sem motivo.

Eu gosto de pensar e adoro observar as pessoas e no que elas, eventualmente poderam estar a pensar e a sentir naquele momento.

Gostava de ter alguém que pudesse ter estas conversas comigo, alguém que compreende-se esta minha tese e a percebe-se. Alguém que não me responde-se - pensas demasiado - de facto até posso pensaar demasiado e isso pode até nem ser bom, pode-me levar aos limites, à beira da loucura, mas eu sinto-me em plena sanidade mental. E acho que pensar na vida faz parte desta e controla os nossos actos. Actos estes que se não forem pensados nos podem levar, então, à insanidade mental. O pensamento em excesso pode ser prejudicial mas a falta deste, garantidamente, também o é.

Continua a dizer, sem refutar a minha tese, eu penso e gosto de pensar, em e sobre muitas coisas.



Dakini, 1-2-1010, 20:15h

JR


No inicio todos me diziam que estar contigo era um erro, que tu não gostavas de mim, que só me ia magoar. Eu resisti, tu insististe, eu cedi, não tinha nada a perder, tinha que tentar. Hoje não percebo a hesitação que me passou pela cabeça na altura, sempre fui insegura. Tu fazes tudo para que eu me sinta bem, já tive outros rapazes mas nunca desta maneira, nunca tão segura de mim.

Não te sei explicar o que sinto quando estou contigo. Quando me abraças tudo desaparece, quando me beijas tudo estremece, quando me ouves sinto que tenho toda a razão do mundo, quando me tocas sinto borboletas na barriga, quando brincamos levas-me ao passado, quando dizes que me amas sinto qualquer coisa a acelerar no interior. Sim, com isto talvez fiques com uma pequena noção.

Não sei se és a coisa certa mas é contigo que eu me sinto bem. Tu fazes-me ser eu, ages como se eu pudesse fazer qualquer coisa que tu continuarias a gostar, não menos mas sempre mais. Tu fizes-te de mim o que ninguém conseguiu(gue) fazer, tornas-te o meu sonho realidade, tornas-te-me na princesa. Para ti, eu sei que sou e sempre serei uma verdadeira princesa!

«stay, stay with me!»



Dakini, 11.10.2009, 10:39h

Inseguranças


Tenho medo, medo que vás e me deixes aqui, sozinha, perdida, sem ti. Sei lá, podes fartar-te de todo este amor, carinho e conforto nosso. Quando as pessoas casam, em principio, pensam que é para sempre, mas cada vez mais este para sempre dos contos de fadas está a perder a magia, magia essa que permitia que toda a cumplicidade entre duas almas enamoradas fosse eterna. Ao acabar a magia, esse amor acaba e o casal separa-se, o amor pode nem ter acabado, mas a monotonia é mais forte e apodera-se daquele laço inequebrável de inicio, que vai desvanecendo aos poucos. Tudo fica sem aquele brilho especial que ilumina oa nossos dias com uma simples conversa, sorriso ou até mesmo, somente, a presença da pessoa amada. Se até estes casais que prometeram junção eterna sofrem de separação após uns bons anos, nós, que apesar de nos amar-mos igualmente muito, também podemos quebrar a magia. Podes, um dia, deixar de iluminar toda a minha vida, intimidar-me, retirar-me o especial do meu sorriso, ou até eu, posso fazer-te todos estes estragos.

Nunca tive este medo, pelo menos desta forma tão acentuada. Secalhar todos nós, seres pensantes e amantes, um dia temos este medo, esta dúvida. Esperemos que não seja o inicio do fim, julgo que não. Pois, como alguém um dia disse, «o amor é o ver uma relação com um começo sem fim».

Por tudo, vamos esperar, esperar que as nossas atitudes e que o tempo nos mostre o nosso destino, e até lá vamos amar. Amar o mais docemente possivel, entregar-se por inteiro ao outro, aproveitar e ser feliz, antes que o tempo nos roube momentos de óptima recordação com estúpidas dúvidas medrosas.


Dakini, 14.4.2009, 22:50h

Sonho impossivel


Ontem sonhei, não como todas as noites acontece, foi um sonho diferente, um sonho bonito, com tanta fantasia, tanta felicidade, tudo tão puro e bonito. Nesse mesmo momento senti que talvez gosta-se de viver assim por mais algum tempo, não apenas por uma noite. Mas quando acordei e passei o dia a observar tudo à minha volta, à procura de apenas uma, uma única e simples coisa tão mágica como aquele sonho, não encontrei, cheguei à noite sem sucesso na missão que no inicio julgava não muito dificil de concretizar.

Deitei-me na cama, fechei os olhos com muita força e pensei, mas desta vez um pensamento diferente ao da noite anterior, «quero voltar lá, aquele lugar. Já não quero uma vida assim, já só quero uma noite igual»

Eu apenas queria um sonho real!


Dakini, 24.11.2008, 10:20p.m.

Tempo


Há sempre um tempo para tudo, e por vezes esse tempo acaba sem nos darmos conta e sem concluirmos o que havia a concluir nesse período. E quando queremos fazer aquilo que já deviamos ter feito naquele tempo destinado, mas que por medo ou por qualquer outro motivo não o fizemos, já não vamos a tempo de o fazer, porque esse tempo já passou. E, o tempo não vota atrás, nunca volta! Podes querer muito, podes até merecê-lo, mas ele não volta, não tem coração e só te dá uma oportunidade. Aproveita-a!


Dakini, 24.11.2008, 9:38p.m.

Saudade




Sentimento estranho este que corroi, lentamente, muito lentamente todo o meu ser. Estás tão longe, nunca mais chegas, bem pertinho. É tão estranho ter-te e ao mesmo tempo nada ter. Estarás sempre presente apenas na minha mente, no sangue que corre as minhas veias, e passa por todas as partes do meu corpo. Essa tua ausência que vagueia algures por todo o lado e sufoca o meu sorriso. É tão dificil suportar a tua ida, com uma breve, mas longa volta. O tempo parece não passar, os ponteiros parecem não dar as malditas voltas que são precisas para poder novamente te encontrar. Aquele tormento que é quando a luz do dia começa a iluminar todo o meu mundo e o sol me beija suavemente a face e diz, que está na hora de acordar. E todas as manhãs acontece o mesmo: “Nunca mais chega a noite que me leva a adormecer novamnte nos teus braços.”. É saudade, toda esta ansia de te querer voltar a ver. Sim, chamo-lhe de maldta saudade que teima em não passar.


Dakini, 11.7.2008, 2:15h a.m.



Incertezas




Não sei. Tenho noção de que ainda nada sei. Sei que certamente morrerei apenas com algumas poucas respostas para estas tantas perguntas que vagueiam todos os dias em meus pensamentos perdidos. Talvez algumas destas perguntas, são apenas perguntas, que com o tempo irão desaparecer mesmo sem tendo respostas. Não sei. Muitas respostas serão tomadas como certas estando completamente erradas, mas que nos parecem encaixar perfeitamente àquela pergunta que já estamos fartos de interrogar. E a cada momento que vivemos, a cada simples passo que damos, surge uma nova e complicada pergunta que certamente morrerá sem resposta ou simplesmente com uma resposta que julgamos certa. Desaparece porque não é uma pergunta que interesse realmente. O que está em causa não é o seu interesse mas sim a essência que toma. As perguntas essenciais duram até ao fim, até ao nosso fim. Porque aquelas perguntas que toda a vida nos atormentaram, penso que só teremos resposta, certa ou errada, mas uma resposta, a alguns momentos do fim.
Sinceramente não sei. Nem sequer sei se existe um fim. Isto é apenas uma, das muitas perguntas que só mais tarde saberei responder, se em breve ela não se perder, como tantas outras se perderam por ai. Apenas por não terem despertado realmente o meu interesse de resposta.


Dakini, 8.7.2008