Tenho medo, medo que vás e me deixes aqui, sozinha, perdida, sem ti. Sei lá, podes fartar-te de todo este amor, carinho e conforto nosso. Quando as pessoas casam, em principio, pensam que é para sempre, mas cada vez mais este para sempre dos contos de fadas está a perder a magia, magia essa que permitia que toda a cumplicidade entre duas almas enamoradas fosse eterna. Ao acabar a magia, esse amor acaba e o casal separa-se, o amor pode nem ter acabado, mas a monotonia é mais forte e apodera-se daquele laço inequebrável de inicio, que vai desvanecendo aos poucos. Tudo fica sem aquele brilho especial que ilumina oa nossos dias com uma simples conversa, sorriso ou até mesmo, somente, a presença da pessoa amada. Se até estes casais que prometeram junção eterna sofrem de separação após uns bons anos, nós, que apesar de nos amar-mos igualmente muito, também podemos quebrar a magia. Podes, um dia, deixar de iluminar toda a minha vida, intimidar-me, retirar-me o especial do meu sorriso, ou até eu, posso fazer-te todos estes estragos.
Nunca tive este medo, pelo menos desta forma tão acentuada. Secalhar todos nós, seres pensantes e amantes, um dia temos este medo, esta dúvida. Esperemos que não seja o inicio do fim, julgo que não. Pois, como alguém um dia disse, «o amor é o ver uma relação com um começo sem fim».
Por tudo, vamos esperar, esperar que as nossas atitudes e que o tempo nos mostre o nosso destino, e até lá vamos amar. Amar o mais docemente possivel, entregar-se por inteiro ao outro, aproveitar e ser feliz, antes que o tempo nos roube momentos de óptima recordação com estúpidas dúvidas medrosas.
Dakini, 14.4.2009, 22:50h
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